sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Cratera da Colônia e Cachoeira de Marsilac

Olá, voltando a postar depois de algum tempo organizando a vida! (ou tentando!!!)

Em mais um pedal exploratório de São Paulo, fui novamente para o extremo sul do município, e novamente bem acompanhado pelos E-Bikers.
Este foi mais um pedal especial e cheio de descobertas, então vamos dividir esta história em três partes, a primeira é sobre a Cratera de Colônia, onde caiu um meteoro(!!!), a segunda é na cachoeira da Macumba, que foi bem engraçada e a terceira na Cachoeira de Marsilac.


1ª PARTE: Cratera de Colônia


Como poderá ver no mapa abaixo, do município de São Paulo, a Zona Sul da cidade é a mais extensa, contando com a maior área verde, represas e rios limpos, além de um monte de atrações já citadas anteriormente neste blog.


Mas o mais interessante, é que nestá área, existe Cratera da Colônia, que é a principal atração do patrimônio geológico da cidade,marcada em vermelho no mapa acima, foi criada pelo impacto da queda de um METEORO de estimados 200 m de diâmetro, há aproximadamente 20 milhões de anos, formando uma cratera de 3,6 km de diâmetro. É uma das seis crateras de impacto existentes no Brasil e uma das 179 de que se tem notícia no mundo todo. Mas, além dela, apenas outra existente na Alemanha é habitada. Imagina um meteoro deste tamanho caindo na terra nos dias atuais, seria uma catástrofe! E mais, já imaginou um dia, que haveria nesta cidade um cratera , causada por um meteoro do tamanho de mais ou menos quatro campos de futebol e não só os buracos nas ruas causados pelo excesso de automóveis e caminhões?Marcada em cinza na placa acima, fotografada no passeio, a cratera é imperseptível para que está passando pelo local, somente sabendo de antemão, dá para se reparar quando se está dentro dela, que existe um pequeno morro fazendo a volta, esta é a borda dela, que tentarei mostrar nas duas fotos abaixo.Note o morrinho no fundo da foto acima, ele circunda toda a cratera, é o resultado do impácto.
Abaixo, dá para ver o morro bem longe, pois no momento desta foto já quase atravessamos ela toda, lembre que ela tem mais de 3,5 kilometros.Saindo da cratera, chegamos na encruzilhada, qual caminho tomar? Sem problemas o nosso guia João Carlos sabe o caminho, e assim nos dirigimos à Cachoeira da Macumba.

Continua...













































































































































sábado, 24 de abril de 2010

CICLOVIA MARGINAL PINHEIROS

CICLOVIA MARGINAL PINHEIROS

Somando-se às conquistas de espaço para os "ciclo cidadãos ", depois da Ciclo-Faixa de Domingo e da Rota Ciclo-Turística Marcia Prado, ganhamos no dia 27/02/10, a novíssima Ciclovia Marginal Pinheiros, na minha opinião o melhor e mais seguro local para se pedalar na cidade. Mas temos vários aspectos para falar sobre ela. A primeira coisa, é que na inauguração ela só contava com dois pontos de acesso ou seja, nas duas pontas e como a ciclovia tem mais de 14km de extensão, uma vez que você estivar dentro dela, só vai poder sair depois desta distância e se você precisar voltar ao ponto de partida, serão mais de 28kms e convenhamos, é uma distância bem considerável para ciclistas de fim de semana ou para novatos e crianças. Na foto acima o acesso feito pela passarela exclusiva que atravessa a marginal a partir da estação de trem Vila Olímpia da CPTM, a "dona" da ciclovia. Abaixo, podemos ver a outra ponta da ciclovia, que fica próxima das avenidas Miguel Yunes e Nossa Sra. do Sabará, perto do Autodromo de Interlagos. Lá tem um amplo estacionamento, onde é possível deixar o carro com segurança e sair para pedalar.
Nestes dois extremos da ciclovia, contamos com uma certa infraestrutura, com banheiros e bebedouros, também tem pontos de parada com banheiro, abaixo da ponte estaiada e da ponte do metrô, sendo que aos fins de semana tem também socorro mecânico para resolver pequenos problemas.
Na foto acima, feita no dia da inauguração, vemos o início da via na Vila Olímpia, em vermelho e com o ponto de parada coberto. Só que para acessar, veja a foto abaixo, precisamos subir alguns lances de escada, passar pela passarela sobre a marginal e descer pela escada no outro lado, para facilitar foram instaladas canaletas nas laterais das escadas, onde se encaixam os pneus e se empurra para cima e segura no freio para baixo, outra opção é carregar a bike nos ombros.
Como passa uma bike por vez, já se registraram congestionamentos de ciclistas esperando para acessar à passarela em alguns fins de semana ensolarados após a inauguração.É amigo(a), não sou de falar mal da minha amada cidade, só que congestionamento de ciclista também não dá, mas pelos menos não tem fumaça... porém eu dei sorte, nas quatro vezes em que pedalei lá até peguei uma filinha, pelo menos, não parada.
É, é ele sim nesta foto comigo, tive o enorme privilégio de falar e tirar uma foto com o grande Presidente Fernando Henrique Cardoso no dia da inauguração. Aliás neste dia houve um desfile de políticos, veja abaixo o nosso vampiro brasileiro, o sósia do Sr. Burns, o candidato a presidente José Motoserra pedalando...tinha até o argh prefeito e sua corja...
(Foto: Juliana Cardilli/G1)
Abaixo o portal de entrada e vamos pedalar...
O piso é muito liso e constante, uma delícia, mas cuidado em dias chuvosos, pois a pintura da pista deixa ela muito escorregadia quando molhada.
É muito bom e prazeiroso pedalar na nossa ciclovia, lá não tem carros, nem semáforos, pedestres ou buracos para atrapalhar. Na verdade sempre que pedalei lá, cruzei com carros passando (poucos), eles são de manutenção de CPTM, sempre circulando com cuidado e velocidade reduzida, mas só para atrapalhar só um pouquinho, tem algumas lombadas pelo trajeto. ;)
A ciclovia, fica na lateral da Marginal Pinheiros, entre a linha de trem da CPTM e o Rio Pinheiros. Na foto acima, podemos ver vários modais de transporte, à esquerda o trem, acima carros, caminhões e ônibus nos viadutos, o rio à direita que poderia ser limpo e navegável e a bicicleta ao centro, no dia em que eles foram integrados, poderemos ter menos trânsito e por consequência menos poluíção.
Em se tratando da bicicleta com o meio da transporte, a ciclovia deixa a desejar, pois a distância entre a entrada e a saída é muito grande e se houvessem mais saídas e integração ao trem e ônibus com paraciclos seguros, além de iluminação noturna, aí sim incentivaria o uso para locomoção ao trabalho.
Voltando ao prazer de pedalar, realmente a proximidade inédita com o rio, é muito boa, dá uma sensação muito boa este contato, a paz e o silêncio, é a retomada da convivência da cidade com o rio e é muito bonito, excepcialmente bonito.
Sabemos que os nossos rios estão sujos e poluídos, mas apesar disso, ainda tem muita vida por ali, nos meus pedais por lá, já vi capivaras, garças, alguns tipos de patos nadando, várias aves diferentes, vacas e cavalos pastando na outra margem, muito verde, flores e no sábado passado, até uma grande aranha eu vi cruzando a pista.
A cidade e o estado, já fizeram e fazem várias campanhas e testes para despoluir os rios e quem sabe esta proximidade com o rio, não se torne mais um incentivo para chegarmos a um tratamento final para a poluição de nossas águas? Se o podre e morto Rio Tamisa, que cruza Londres, foi despoluído e tem até peixes hoje em dia, porque nos não poderemos conseguir?
Acima e abaixo cenas da ciclovia, acima a vemos emoldurada com a arquitetura moderna dos prédios da Av. Eng. Luis Carlos Berrini, o novo centro empresarial da cidade e abaixo a vista do novo cartão postal paulistano a Ponte Estaiada, o "estilingão", um dos pontos de parada.
Na foto abaixo, vemos que a ciclovia tem muito para crescer ainda, esta é uma vista do sentido Marginal Tietê e Castelo Branco a partir da estação Vila Olímpia.
Acima a minha velha companheira de pedal a Specialized Hard Rock, ano 1996, quase original e com mais de 30.000km rodados, e agora que adquiri a Caloi Elite 2.4 turbinada abaixo, devo fazer uma grande reforma na Specialized e transforma-la em uma estradeira, tirando a suspensão, trocando rodas, pneus e relação, vou procurar aliar o que há de melhor em uma speed com o conforto e tecnologia de uma montain.
Minhas conclusões:
- A ciclovia é ótima para treinar, dá para manter uma média de velocidade bem legal e é bem segura. E tem ainda aquela coisa de tirar umas disputinhas e pegar vácuo com outros bikers. ;)
- Ainda não é ideal para incentivar o uso da bike como meio de transporte, mas pode ser com poucos ajustes e mais saídas e entradas.
- Você pode e deve conhece-la, pode ir pedalando ou de carro, mas tome cuidado com as distâncias eu por exemplo, saindo de casa pedalo mais de 47kms entre ida e volta e não moro tão longe.
- Tome muito cuidado com a sua programação, principalmente para com os iniciantes, sedentários, idosos e crianças, pois pedalar lá apesar de lindo e inesquecível, pode se tornar um pesadelo. Como já citei, o primeiro problema é a grande distância entre as suas pontas, então, você não precisa ir até o final, além disso não tem quase sombra, nem água ou lanchonete, poucos pontos de parada e não tem diversão para a criançada, lembre-se de que lá não é um parque.
- Vá precavido(a), leve protetor solar, muita água, algo para comer, como barrinhas, frutas ou salgadinhos e bastante disposição.
- Revise a bicicleta, pois se quebrar lá, terá de empurrar por vários quilómetros até conseguir conserto, se conseguir. Se possível leve câmera de reserva e remendos além da bombinha.
- Lembre-se que as bicicletas para as crianças, geralmente são as mais pesadas e não contam com câmbio, além de elas se cansarem mais facilmente.
- Outro cuidado é com o vento, em se tratando de um lugar descampado, o vento sempre está soprando forte e se pegar ele a favor na ida, se prepare, porque a volta será bastante desgastante, pois pegará o vento de frente e ele segura demais, parece que pedalamos com o freio segurando. Se for ao contrário legal a volta será no gás.
Eu por exemplo, no meu último pedal lá, peguei vento a favor na ida e sempre estava pedalando a mais de 30km/h (!), mas na volta, com muito esforço chegava a 25km/h, só melhorei a minha média quando peguei vácuo de dois speedeiros, que mesmo contra o vento iam tranquilos acima dos 30km/h, como pedalavam os caras, no final ainda me deixaram para trás só fui encontrá-los na filinha da saída.
Bem, só faço estas ressalvas, porque nas minhas pedaladas por lá, eu presenciei várias cenas preocupantes e evitáveis, como pessoas extremamente cansadas, pais despreparados empurando filhos, pessoas empurrando bikes quebradas ou com pneus furados, grupos ou mulheres e pais com crianças pequenas entrando felizes na via, pegando vento a favor, mas que eu sabia o que iriam ter de enfrentar a volta e todos eles ainda estavam ou estariam em algum momento bem longe das saídas.
Resumindo, a Ciclovia Marginal, é um grande incentivo ao pedal na cidade, mas não ainda não é um parque e deve ser encarada com respeito pelos iniciantes para não se tornar a primeira e a última experiência em cima bicicleta. Pois se colocar uma criança ou pessoa despreparada para pedalar lá pela primeira vez, sem as devidas precauções, a experiência poderá se tornar em um trauma, distanciando um possível futuro usuário da bicicleta, dos prazeres e benefícios que este esporte nos trás.
Para quem quer começar, recomendo a ciclo-faixa de domingo.
Bom passeio, bom pedal, boa saúde, ótima cabeça.
Alexandre Loschiavo
Leitor, faça o seu comentário, crítica ou sugestão.
Achou algum erro de português? Me avisa.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Templo Zu Lai

TEMPLO ZU LAI

Este é maior templo Budista da América Latina e é mais um daqueles pontos turísticos "perdidos"e imperdíveis que estão na Grande São Paulo, o Templo Zu Lai fica no município de Cotia, logo após a Granja Viana, saindo um pouco depois do km 28 da Rodovia Raposo Tavares.
Conhecer este lugar já estava nos meus planos há muito tempo, mas consegui realizar mais este passeio agora e realmente foi o que eu esperava, o lugar é lindo, enorme e desde a entrada a arquitetura, estátuas e jardins extremamente bem cuidados já enchem os olhos.
A sensação de paz é muito grande desde a entrada, repleto de obras de arte e verde para onde se olha, tudo isso, aliado à arquitetura, nos da a impressão que se está em algum lugar do Japão, China ou do oriente, ainda mais quando se começa a avistar os monges perambulando pelo local com as suas vestimentas cor de laranja, pretas ou brancas, logo me lembrei do filme "Sete anos no Tibet", do Dalai Lama ou de Sidarta... O local é um convite à meditação e à contemplação como procuro mostrar nas fotos deste post, porém é proibido fotografar pessoas, partes internas das salas e do ritual. Mas tive o prazer de presenciar a uma cerimonia regada à música típica, uma coisa meio licergíca, com o coral e a percussão características da religião, com direito a muito incenso.
Tem estátuas de divindades diversas por todos os lados, é sensacional, muitas delas transmitem forte expressão de paz ou até de lutas, é muito interessante se imaginar o que elas representam. Por curiosidade, a última foto do post, mostra até uma estátua que tem uma suástica claramente marcada no peito!!! O que seria isso?
Para chegar a este paraíso, mais uma vez tive a companhia dos E-bikers, na foto abaixo, que me guiaram até lá, foi um pedal bem forte, nem tanto pela distância que não foi pouca, cerca de 85 kms, mas pelo ritmo bastante puxado que fizemos, sendo que quando cheguei em casa a média de velocidade marcava 25km/h!!!
E tem também uma novidade, estreei neste passeio a minha Caloi Elite, mas simplesmente esqueci de fazer as fotos compostas com a bicicleta, que são a minha marca registrada.
Acima os brothers de pedal, da esquerda para a direita, Menghe, Cleber, Tony e eu.As bikes não puderam entrar, mas ficaram guardadas e seguras no estacionamento, próximo à guarita, aliás o local parece ser bastante seguro, além de calmo. Mas para chegar a este santúario de paz, o caminho é um tanto estressante, de carro deve ser tranquilo, mas pedalar até lá é coisa para ciclistas experientes, pois trafegar na Raposo é bem perigoso, porque em muitos momentos não existe acostamento, além da velocidade alta dos veículos, das muitas entradas e saídas, pontos de ônibus e longas subidas e descidas.Na volta optamos pelo Rodoanel e Régis Bitencourt, o que foi realmente menos estressante.Só que o importante é que quando cheguei em casa estava em estado de NIRVANA...rsssss
Ali funciona também um centro para a prática de meditação, aulas de kung-fu, Ikebana e culinária vegetariana e a primeira Universidade Budista do país. Tem também uma lanchonete, uma lojinha e de domingo eles servem almoço vegetariano.
Além do templo, existe um grande jardim, com um laguinho cheio de tartarugas e peixes, ponte e vários banquinhos próprios para a meditação na posição de lótus.
Suástica???? Nãããão, esta é invertida e beeeem mais antiga em relação aquela mais conhecida, esta, simboliza a felicidade e saudação entre brâmanes e budistas que diferença não?








Bem, este é o primeiro post deste ano de 2010, que começou bem atribulado para mim, me deixando quase sem tempo de alimentar o blog, além da falta de inspiração, porém não parei de pedalar ou de conhecer novos lugares sempre registrando para colocar aqui, isto é, tenho muuuuitas coisas legais para mostrar e pretendo voltar a postar com maior regularidade.




Abraço
Alexandre Loschiavo

Leitor, faça o seu comentário, crítica ou sugestão.
Achou algum erro de português? Me avisa.