terça-feira, 27 de janeiro de 2009

BIKE TOUR 2009

BIKE TOUR 2.009
+ de 5.000 CICLISTAS PEDALANDO NO ANIVERSÁRIO DE SÃO PAULO!!!

Quando fiquei sabendo deste evento pela lista de e-mails da Bicicletada, não acreditei:
Uma promoção chamada BIKE TOUR que tinha a inscrição no valor de R$180,00, que a princípio achei caríssimo, mas vinha um KIT e ...
- que a pessoa teria direito a participar de um passeio ciclístico na marginal fachada só para ciclistas,
- que seriam 5.000 ciclistas,
- que daria capacete,
- que daria uma mochila tipo camelback (com reservatório para água),
- que daria bomba de pneu,
- que daria camiseta dryfit,
- e uma BICICLETA??!!??
NÃÃÃO ACREDITO, mas quando fui acreditar, já haviam acabado as inscrições... =(

Mas quando já tinha decidido que iria invadir o evento, participar de "pipoca" e aproveitar a oportunidade única de pedalar pela marginal sem carros e caminhões, recebi o seguinte e-mail:

Ale, gostaríamos de te fazer um convite para participar do Bike Tour (http://www.biketour.sapo.pt/) neste domingo. Por favor, entre em contato com ...

Não acreditei de novo e respondi a mensagem na hora, bem, resumindo, fui convidado VIP (ó!!!)
pela VIVO, em função de manter este humilde blog no ar!!!
Participar já era bem legal, de VIP, muito mais legal...
Como haviam me instruído, cheguei na USP lá pelas 8:30 e fui muito bem recebido, retirei o meu KIT e fui encaminhado a uma enorme tenda onde havia um farto café da manhã.
Lá aguardamos (já acompanhado do ciclo-ativista histórico e primeiro bike-reporter Arturo Alcorta e do companheiro de bicicletada Laendro Valverdes) a chamada para o transporte que iria nos levar até a ponte estaiada "o estilingão".
Na foto acima, vemos a galera VIP desembarcando dos confortáveis ônibus para pegar as bicicletas em cima da ponte e todo o aparato que compunham o evento, equipes de tevê, escolta policial, banheiros químicos e som por toda a ponte.

Escolhida a bike, foi só regular a altura do banco e esperar a hora da partida.


Logo um mar de ciclistas de laranja e capacetes cinza foi tomando a marginal.

E logo também, começou a chegar o pessoal que não conseguiu se inscrever e agregou mais bicicletas e cor ao passeio.
Fiquei um tempo parado na beira da marginal para tirar umas fotos, sentir o tamanho do passeio e ver se encontrava algum conhecido, que loucura, não parava de passar bicicleta...
A marginal hoje tinha trânsito, estava engarrafada, mas não tinha poluição nem mal humor!!!
Depois deste "respiro", o "trânsito" começou a andar e encontrei vários parceiros de pedal, os ciclo-ativistas da bicicleta, convidamos alguns para os nossos passeios das últimas sextas-feiras de cada mês, mas fica a pergunta:
Será que estas bicicletas serão utilizadas ou serão esquecidas e ficarão empoeiradas no fundo de uma garagem???
A chegada na arborizada USP e lá tinha um portal, "continua..."
Espero que continue, que usem a bike para transporte ou lazer, que realmente tenham mais eventos destes, porque público tem, que este evento faça mais apaixonados pela bicileta e principalmente para aqueles pedalaram pela primeira vez em uma rua na vida, que criem respeito pelos ciclistas do dia-a-dia que sofrem tantas agressões gratuítas no trânsito.
Teria muito mais considerações e críticas construtivas ao evento, mas não vou me alongar mais e concluindo, valeu o evento, pois chamou atenção positiva para a bicicleta e seu uso na mídia e foi muito legal pedalar sem stres em plena marginal.
Agradeço à Carol Terra da Agência Ideal que me achou e me convidou em nome da Vivo,
estou aberto para um convite para o próximo. ;)
Um [] ( o dia continuou veja o próximo post...)

SAMPA 455 ANOS!!!!

25 DE JANEIRO, ANIVERSÁRIO DE SÃO PAULO!!!

Mais um tour pelo centro da metrópole, hoje com festa!!!
Depois do BIKE TOUR, troquei a bike que ganhei no passeio, pela oficial e fui para o centro, com o intuito de subir no mirante do alto do prédio do Banespa, este branco aí na foto acima ( o do lado é o lindo Edifício Martinelli, o primeiro arranha-céu da cidade).
Depois de ter tomado um bruta chuva no caminho, de passagem pela Liberdade, consegui ainda ver o DRAGÃO CHINÊS dançando em um palco na Praça lotada de gente, nem consegui pegar a máquina fotográfica e acabou a apresentação, mas achei muito interessante.
Só que quando cheguei ao meu destino que era o prédio do Banespa, a surpresa, tinha uma fila de mais de uma hora, olha ela na foto acima.
No ano passado fiz exatamente este passeio, nem pensava em subir no prédio, mas quando vi a movimentação e descobri que estava aberto, consegui subir na boa, além de ter guardado a bike dentro do saguão monumental, mas estava sem máquina para registrar o maravilhoso visual que é lá de cima. (sempre que vou pedalar sem a máquina me arrependo, pois perco algum flagrante e neste dia que estava com tudo em cima cadeado etc, não consegui).
Mas valeu o passeio, o centro estava vivo, cheio de turistas, grupos guiados e paulistanos curtindo a cidade, logo de cara, no largo São Bento, no coreto da foto acima, tinha uma banda de chorinho com músicos que somada a idade, daria quase a idade da cidade, mas mandavam muito bem no ritmo bem brasileiro e de alto astral.
Parecia mais com um daqueles famosos cafés de Paris, com as pessoas sentadas em cadeiras ao ar livre, só que curtindo boa música ao vivo, tomando chopinho e caipirinha em vez de café e num clima bem tropical, boa surpresa!
Descendo até o Anhagabaú, o clima da festa ficou bem mais popular, com atração para a molecada e...
vários palcos com estilos musicais diferentes, incluindo este inusitado espaço fechado em baixo do Viaduto do Chá.
Muito bem cuidado, DJs animados, ventiladores, umidificadores, iluminação, deve ter rolado a noite toda.
Acima uma vista geral do evento, tinha uma grande área de alimentação e música para todos os gostos, também rolou um show no Parque da Independência, São Paulo merece eventos assim e o povo comparece e agradece.
Grande Cidade, Grande São Paulo!!!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

LUTO / MANIFESTO DOS INVISÍVEIS

ESTOU DE LUTO!!!!


No dia 14/01/2009, foi brutalmente assassinada a ciclista Marcia Regina de Andrade Prado, cidadã brasileira e ser humano. Foi vítima de um motorista despreparado, como tantos que circulam pelas cidades com suas máquinas de matar e poluir. Não tenho mais palavras para expressar meus sentimentos...
Tudo o que tenho para falar sobre o sentimento de ser invisível, desprotegido e desrespeitado que sinto as vezes quando pedalo pela metrópole, segue no texto abaixo, que foi escrito por várias cabeças pensantes e pedalantes, leia e pense a respeito...

Manifesto dos Invisíveis

Motorista, o que você faria se dissessem que você só pode dirigir em algumas vias especiais, porque seu carro não possui airbags? E que, onde elas não existissem, você não poderia transitar?

Para nós, cidadãos que utilizam a bicicleta como meio de transporte, é esse o sentimento ao ouvir que “só será seguro pedalar em São Paulo quando houver ciclovias”, ou que “a bicicleta atrapalha o trânsito”. Precisamos pedalar agora. E já pedalamos! Nós e mais 300 mil pessoas, diariamente. Será que deveríamos esperar até 2020, ano em que Eduardo Jorge (secretário do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo) estima que teremos 1.000 quilômetros de ciclovias? Se a cidade tem mais de 17 mil quilômetros de vias, pelo menos 94% delas continuarão sem ciclovia. Como fazer quando precisarmos passar por alguma dessas vias? Carregar a bicicleta nas costas até a próxima ciclovia? Empurrá-la pela calçada?

Ciclovia é só uma das possibilidades de infra-estrutura existentes para o uso da bicicleta. Nosso sistema viário, assim como a cidade, foi pensado para os carros particulares e, quando não ignora, coloca em segundo plano os ônibus, pedestres e ciclistas. Não precisamos de ciclovias para pedalar, assim como carros e caminhões não precisam ser separados. O ciclista tem o direito legal de pedalar por praticamente todas as vias, e ainda tem a preferência garantida pelo Código de Trânsito Brasileiro sobre todos os veículos motorizados. A evolução do ciclismo como transporte é marca de cidadania na Europa e de funcionalidade na China. Já temos, mesmo na América do Sul, grandes exemplos de soluções criativas: Bogotá e Curitiba.

Não clamamos por ciclovias, clamamos por respeito. Às leis de trânsito colocam em primeiro plano o respeito à vida. As ruas são públicas e devem ser compartilhadas entre todos os veículos, como manda a lei e reza o bom senso. Porém, muitas pessoas não se arriscam a pedalar por medo da atitude violenta de alguns motoristas. Estes motoristas felizmente são minoria, mas uma minoria que assusta e agride.

A recente iniciativa do Metrô de emprestar bicicletas e oferecer bicicletários é importante. Atende a uma carência que é relegada pelo poder público: a necessidade de espaço seguro para estacionar as bikes. Em vez de ciclovias, a instalação de bicicletários deveria vir acompanhada de uma campanha de educação no trânsito e um trabalho de sinalização de vias, para informar aos motoristas que ciclistas podem e devem circular nas ruas da nossa cidade. Nos cursos de habilitação não há sequer um parágrafo sobre proteger o ciclista, sobre o veículo maior sempre zelar pelo menor. Eventualmente cita-se a legislação a ser decorada, sem explicá-la adequadamente. E a sinalização, quando existe, proíbe a bicicleta; nunca comunica os motoristas sobre o compartilhamento da via, regulamenta seu uso ou indica caminhos alternativos para o ciclista. A ausência de sinalização deseduca os motoristas porque não legitima a presença da bicicleta nas vias públicas.

A insistência em afirmar que as ruas serão seguras para as bicicletas somente quando houver milhares de quilômetros de ciclovias parece a desculpa usada por muitos motoristas para não deixar o carro em casa. “Só mudarei meus hábitos quando tiver metrô na porta de casa”, enquanto continuam a congestionar e poluir o espaço público, esperando que outros resolvam seus problemas, em vez de tomar a iniciativa para construir uma solução.

Não podemos e não vamos esperar. Precisamos usar nossas bicicletas já, dentro da lei e com segurança. Vamos desde já contribuir para melhorar a qualidade de vida da nossa cidade. Vamos liberar espaços no trânsito e não poluir o ar. Vamos fazer bem para a saúde (de todos) e compartilhar, com os que ainda não experimentaram, o prazer de pedalar.

Preferimos crer que podemos fazer nossa cidade mais humana, do que acreditar que a solução dos nossos problemas é alimentar a segregação com ciclovias. Existem alternativas mais rápidas e soluções que serão benéficas a todos, se pudermos nos unir para construirmos juntos uma cidade mais humana.

A rua é de todos. A cidade também.

Nós, ciclistas, que também somos o trânsito


:Alberto PellegriniAlexandre AfonsoAlexandre CatãoAlexandre Loschiavo (Sampabiketour)Alex Gomes ( U-Biker )Ana Paula Cross Neumann (Aninha)André Pasqualini (CicloBR)Antonio Lacerda Miotto (Pedalante)Aylons HazzudAyrton Sena Santos do NascimentoBruno Canesi MorinoBruno GolaBoneyCarolina SpillariCélia Choairy de MoraesChantal Bispo (Eu vou voando)Chico MacenaDaniel Ingo Haase (FAHRRAD)Daniel AlbuquerqueEduardo Marques Grigoletto (CicloAtivando)Fabrício Zuccherato (pedal-driven)Flávio “Xavero” CoelhoFelipe Aragonez (Falanstérios)Felipe Martins Pereira RibeiroFernando Guimarães NorteGustavo Fonseca MeyerHélio Wicher NetoJoão Guilherme LacerdaJosé Alberto F. MonteiroJoão Paulo Pedrosa (Malfadado - PT)José Paulo Guedes (EcoUrbana)Juliana MateusLaércio Luiz MunizLeandro Cascino RepolhoLeonardo Cuevas (XpK)Leandro ValverdesLucien ConstantinoLuis Sorrilha (BIGSP)Luiz Humberto Sanches FariasMarcelo Império GrilloMárcia Regina de Andrade PradoMárcio CamposMariana Cavalcante (Gira-me)Mário Canna PiresMatias Mignon MickenhagenMathias FingermannMila MolinaOtávio RemedioPaula CinquettiPolly RosaRicardo Shiota YasudaRodrigo Sampaio PrimoRonaldo ToshioSilvio TambaraThiago Benicchio (Apocalipse Motorizado)Vado Gonçalves (cicloativismo)Vitor Leal Pinheiro (Quintal)Willian Cruz (Vá de Bike!)